Reajuste nas tarifas de telefonia da Sercomtel, que entrou em vigor no dia 1º de outubro, afeta orçamento da população londrinense
Adam Esteves Debiasi
Falar ao telefone é sempre muito bom. Assim é possível matar a saudade dos amigos, passar o recado que demoraria para ser dito pessoalmente e parabenizar o parente em seu aniversário.
Mas a partir do início de outubro, telefonar terá um preço mais elevado, já que as contas telefônicas ficarão mais caras, com o reajuste de 2,2054% das tarifas de telefonia para ligações de fixo para fixo em Londrina e Tamarana e de 3,40% de fixo para móvel.
O reajuste da Sercomtel, autorizado em julho pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), apresentou o percentual mais alto ao lado da Telefônica de São Paulo. Segundo a assessora de imprensa da Sercomtel, Márcia Moreno, a Anatel autorizou ainda um reajuste de até 8,06% para as chamadas interurbanas e internacionais.
Para o estudante paulista, Giorge Alexandre dos Santos, que veio completar seus estudos em Londrina, esse aumento vai significar muito, já que gasta mais falando com a sua família, que é de São Paulo, do que com ligações locais. “Costumo gastar R$ 130,00 por mês fazendo interurbano. Já com o pessoal daqui eu gasto, em média, R$ 4,00”, afirma o estudante.
O cálculo do reajuste seguiu a variação do Índice de Serviços de Telecomunicações (IST), de maio de 2006 a maio de 2007, que foi de 2,91%, e a aplicação de um redutor que varia de acordo com a empresa de telefonia.
Para a professora de Economia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Katy Maia, é importante destacar que talvez esses reajustes podem não ser tão relevantes, já que o IST, que teve o valor médio de 2,91% no período, não foi maior que os índices inflacionários, como o IPCA (3,18%), o INPC (3,57%) e o IGP-DI (4,38%).
A assinatura básica foi reajustada em 2,2%; porém, esse acréscimo entrou em vigor no dia 12 de agosto. “Antes a assinatura era barata, mas eles vão subindo e, hoje, está muito cara”, comenta o segurança, Manuel José dos Santos, que também se mostra inconformado com a impossibilidade de uma aprovação da sociedade. “A gente não tem direito de fazer nada”, diz.
Mesmo o telefone público, muitas vezes usado como um meio alternativo para economizar, sofreu alteração. O valor de crédito para utilização do orelhão foi reajustado em 2,16% e passa a ser R$ 0,1185.
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