terça-feira, 13 de novembro de 2007

Contas telefônicas mais caras preocupam consumidores

Reajuste nas tarifas de telefonia da Sercomtel, que entrou em vigor no dia 1º de outubro, afeta orçamento da população londrinense

Adam Esteves Debiasi

Falar ao telefone é sempre muito bom. Assim é possível matar a saudade dos amigos, passar o recado que demoraria para ser dito pessoalmente e parabenizar o parente em seu aniversário.

Mas a partir do início de outubro, telefonar terá um preço mais elevado, já que as contas telefônicas ficarão mais caras, com o reajuste de 2,2054% das tarifas de telefonia para ligações de fixo para fixo em Londrina e Tamarana e de 3,40% de fixo para móvel.

O reajuste da Sercomtel, autorizado em julho pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), apresentou o percentual mais alto ao lado da Telefônica de São Paulo. Segundo a assessora de imprensa da Sercomtel, Márcia Moreno, a Anatel autorizou ainda um reajuste de até 8,06% para as chamadas interurbanas e internacionais.

Para o estudante paulista, Giorge Alexandre dos Santos, que veio completar seus estudos em Londrina, esse aumento vai significar muito, já que gasta mais falando com a sua família, que é de São Paulo, do que com ligações locais. “Costumo gastar R$ 130,00 por mês fazendo interurbano. Já com o pessoal daqui eu gasto, em média, R$ 4,00”, afirma o estudante.

O cálculo do reajuste seguiu a variação do Índice de Serviços de Telecomunicações (IST), de maio de 2006 a maio de 2007, que foi de 2,91%, e a aplicação de um redutor que varia de acordo com a empresa de telefonia.
Para a professora de Economia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Katy Maia, é importante destacar que talvez esses reajustes podem não ser tão relevantes, já que o IST, que teve o valor médio de 2,91% no período, não foi maior que os índices inflacionários, como o IPCA (3,18%), o INPC (3,57%) e o IGP-DI (4,38%).

A assinatura básica foi reajustada em 2,2%; porém, esse acréscimo entrou em vigor no dia 12 de agosto. “Antes a assinatura era barata, mas eles vão subindo e, hoje, está muito cara”, comenta o segurança, Manuel José dos Santos, que também se mostra inconformado com a impossibilidade de uma aprovação da sociedade. “A gente não tem direito de fazer nada”, diz.

Mesmo o telefone público, muitas vezes usado como um meio alternativo para economizar, sofreu alteração. O valor de crédito para utilização do orelhão foi reajustado em 2,16% e passa a ser R$ 0,1185.

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